sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Oportunidade de Trabalho

Parceria entre Adefal e empresas já inseriu no mercado de trabalho mais de 250 pessoas com deficiência

A parceria entre a Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (ADEFAL) empresas privadas e instituições alagoanas já inseriu no mercado de trabalho mais de 250 pessoas com deficiência. Somente este mês a Instituição encaminhou aproximadamente de 300 currículos, para serem avaliados por empresas que atuam desde o comércio varejista até empresas de transporte coletivo.
Segundo Telma Rodrigues, psicóloga e responsável pelo programa de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho da Adefal, o crescimento na demanda de oportunidades de emprego tem como um dos fatores determinantes o cumprimento da legislação dos Planos de Benefícios Sociais para empresas, com mais de 100 funcionários.
Telma destaca, ainda, a fiscalização efetiva do Núcleo de Combates as Desigualdades de Oportunidades no Trabalho de Alagoas – NCDOT-AL junto às empresas para que se faça cumprir o artigo 93, da Lei n.º 8.213/91, onde obriga que empresas com mais e 100 e menos de 200 funcionários reservarem pelo menos 2% das vagas a deficientes físicos; de 201 a 500 funcionários, 3%; 5001 a mil funcionários, 4% e o percentual de 5% para as empresas com mais de mil empregados.
“Acredito que a visão do setor empresarial já está mudando em relação ao trabalho desenvolvido por pessoas com deficiência. Eles hoje já não têm tanto receio em contratá-los”, destacou Telma.
Ao falar sobre a demanda de oportunidades de empregos a psicóloga revela que um dos grandes entraves para o crescimento no mercado de trabalho, para a pessoa com deficiência, é a falta de qualificação e escolaridade, como também, a falta de estrutura física de muitas empresas, o qual inviabiliza o trabalho de alguns deficientes e desrespeita a Lei de Acessibilidade.
Com a preocupação de ampliar as chances de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, a Adefal vem desenvolvendo inúmeros programas de capacitação, entre eles destaca-se a parceria com o Senac e Senai que anualmente disponibilizam cerca de 100 vagas totalmente gratuitas para deficientes em vários cursos profissionalizantes.
Segundo Telma esse trabalho de qualificação vem se ampliando cada vez mais, o que representa uma demanda ainda maior de profissionais qualificados na Instituição. “Essa busca por qualificação é a prova que a visão dos próprios deficientes, também está mudando, e cada dia mais eles buscam ampliar suas chances de serem inseridos no mercado de trabalho”, revelou.
Em Alagoas segundo dados recentes do Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE). A população que porta algum tipo de deficiência é superior a 452 mil pessoas. Os cálculos apontam que são pouco mais de 16% da população. Os números revelam, ainda, que 14,5% da população brasileira portam alguma deficiência.
Para a psicóloga, e também responsável pelo setor de Recursos Humanos da Adefal, o número de deficientes no mercado de trabalho em Alagoas ainda não é satisfatório, mas vem apresentando um crescimento significativo, o que segundo ela poderia ser ainda melhor com a implementação de uma fiscalização mais intensa da Delegacia Regional do Trabalho junto as grandes empresas do Estado.
Atualmente a Adefal tem um cadastro de mais de mil nomes à espera de uma oportunidade de trabalho. “Hoje temos profissionais de várias áreas em nosso banco de currículo, fator esse que faz com que diversas empresas nos procurem em busca do profissional que se encaixe dentro do perfil que elas necessitam”, finalizou Telma.

Jade Magalhães

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