quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Governo Federal lança campanha de inclusão social para pessoa com deficiência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou em Brasília, na última quarta-feira (26), o programa social "Inclusão das Pessoas com Deficiência", que prevê investimentos de R$ 2,4 bilhões até 2010 para ampliação e implantação de projetos voltados para educação, saúde, habitação, transporte e acessibilidade das pessoas com deficiência.
O programa atende o que está previsto na convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, promulgado em 2002 pela Organização das Nações Unidas (ONU) onde estabelece os princípios e obrigações para os governos, tornando-os responsáveis pelo cumprimento do mesmo.
Para a presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas, Roseane Cavalcante que acompanhou o lançamento da campanha em Brasília, o programa traz inúmeros avanços para a pessoa com deficiência, desde mudanças para o recebimento do benefício de prestação continuada, como também na adequação das tabelas para concessão de órteses e próteses, defasados a mais de 10 anos, gerando com isso um demanda reprimida muito grande.
“Só a Adefal atualmente tem uma lista de espera de quase 1000 órteses e próteses, a defasagem na tabela dificulta a redução deste número, tendo em vista que diariamente pacientes dão entrada para ter direito a esses serviços. Acredito que com a implantação deste programa e o reajuste das tabelas com certeza reduziremos esse demanda reprimida”, destacou Roseane.
Ao falar da importância do Programa, Roseane que também é coordenadora da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos (Onedef) ressalta que o mesmo vai beneficiar cerca de 24,6 milhões de brasileiros, o que corresponde a 14,5% da população.
Roseane destaca ainda a necessidade da sensibilidade dos gestores municipais e estaduais para tentar resolver os problemas que atingem as pessoas com deficiências. “O programa do governo federal veio para garantir os recursos financeiros para projetos em várias áreas, mas é preciso que se trace às prioridades locais e que o governo levante essa bandeira e realmente implantem esses projetos. Na teoria tudo é muito fácil, mas na hora de executar e que se aprece as dificuldades”, finalizou Roseane.



Jade Magalhães